Os Vaqueiros Templários – Por Senepol SAN
Bom dia homem do campo, produtores, pessoas que vivem da fazenda. De todas as discussoes que li sobre o assunto esta foi uma das mais claras formas de pensamento por isso compartilho com intuito de divulgar e falarmos sobre o assunto.
Um abraço, Carol – Cavalo Crioulo Cabanha Onça-Pintada
Adrenalina ou paixão, a rédea em suas mãos
Um abraço, Carol – Cavalo Crioulo Cabanha Onça-Pintada
Adrenalina ou paixão, a rédea em suas mãos
Os Vaqueiros Templários
O sertão nordestino chorou quando pessoas entre paredes e ar condicionado decidiram que o Vaqueiro a partir de agora deixa de ser herói e passa a ser mito, na melhor das hipóteses, na prática é mesmo um criminoso. Proibiram a Vaquejada! Sobre a dinâmica do esporte, puxar o rabo apenas desequilibra o boi e por isso ele cai, a tração exercida não é capaz de machucar o membro (crianças de 7 anos derrubam bois de 20@), deve-se ter precisão com o momento exato em que o boi tira os membros traseiros do chão durante a corrida para desequilibra-lo (técnica).
É cultura, pois surgiu do jeito nordestino de conter o boi na lida, para curar bicheira, administrar medicamentos, ou na época de escassez de alimento e água conte-los para alimentá-los com palma forrageira. É algo necessário que virou esporte! Crueldade seria deixar algum animal morrer de fome ou à mingua enfermo. Devemos respeitar a cultura e o legado histórico e heroico dos ancestrais nordestinos que dessa forma levaram a pecuária aos lugares mais inóspitos e sem recursos básicos conseguiram garantir a sanidade de seus animais, produzir nesse cenário e ainda evoluir sua pecuária que ultimamente tem se intensificado.
Na minha opinião, nós povo brasileiro, não valorizamos nossa história e nossos verdadeiros heróis, nos falta patriotismo, vai tentar falar mal do Team Roping, Laço Bezerro ou Buldogue nos EUA, certamente nem dariam ouvidos à essas opiniões carregadas de equívocos quanto aos verdadeiros valores por trás do esporte. Devemos também ter em mente que a evolução da sociedade está intimamente relacionada ao instinto humano de dominar e domesticar animais e a agricultura, e hoje todo o homem vivo da face da terra come, mas, no Nordeste, somente o vaqueiro ficou incumbido de preservar o instinto puramente humano de dominar, em meio aos espinhos da caatinga que não da condição para o uso do laço. Devemos nos lembrar também que grandes civilizações só chegaram no apogeu devido exclusivamente ao cavalo, grandes batalhas só foram vencidas porque se montava a cavalo, a globalização que trafega em bytes pela rede também já montou e ainda monta a cavalo.
Estamos falando das práticas que nos trouxeram onde estamos, e se quisermos permanecer é assim, isso é ser humano, isso é ser VOCÊ! Agora os reis da selva de pedra querem rugir com olhar de criminalização para o vaqueiro, se esquecendo que é o predador! A indústria do cavalo emprega muita gente (caminhoneiros, veterinários, domadores, treinadores, vendedores, tratadores, negociantes, leiloeiros, firmas leiloeiras, criadores, atletas, ferradores, casque adores, produtores, laboratórios de medicamentos, laboratórios de exames para controle sanitário dos eventos, selarias, curtumes, fábricas de utensílios equestres, fábricas de ração, de suplementos para cavalos atletas), existem cavalos de Vaquejada que foram quotizados por mais de 1 milhão de reais, e são mais bem tratados do que muita pessoa, viajam sempre com protetores almofadados, são alimentados com suplementos que as vezes muito atleta não dispõe desse recurso.
Quem é do cavalo, vive onde o cavalo vive, come onde o cavalo come, são milhares de pessoas apaixonadas pelo seu esporte que vivem no campo e nesse momento nem sonham que sua maior paixão está na mira de olhos tortos. Os bois das provas não se machucam, e são protegidos por regulamentos rígidos, protetores de calda, e não existe mais vaquejada em pistas com menos de 50cm de areia, juízes de bem-estar animal são rigorosos com a manutenção da integridade do cavalo e do boi sempre! Se as provas maltratassem ou machucassem algum boi, em nenhum lugar do Brasil o fazendeiro permitiria que a sua boiada fosse usada para este fim, se permite é porque há a garantia da integridade do ser em questão. A velha vaquejada negligenciada ficou para trás!
O bem-estar prevaleceu as antigas práticas, hoje o esporte moderno usa exclusivamente de técnica, todo esporte equestre é amor, é admiração, é cuidado! Tirem a água dos peixes, e terão o mesmo efeito tirando os esportes dos que nasceram em cima de um cavalo! Conheçam os esportes, e vão amar, ao invés de criticar. Fatos isolados mostrados por ativistas de ONG’s mal-intencionadas que mostra traços de jogos de interesses internacionais não representam a realidade atual, essas ONG’s atropelam os valores do homem do campo que cuida de seus animais, e tratam do boi, um ser bruto, como poodles de colo de madame.
É muito fácil jogar a opinião pública contra uma cultura quando se publica materiais sensacionalistas, impactantes e inverídicos nas redes sociais em que se tem 500 mil seguidores, e então liderar enquetes e curtidas virtuais. Difícil mesmo é cuidar dos animais de sol a sol, de Amazônia a Pampa, e dispor de até 7 dias do seu sagrado tempo (em um momento de crise) para ir à Brasília e compor a maior manifestação equestre que o mundo já viu, essa é a verdade!
Por: Aluisio de Figueiredo Neto – MNP Jovem
Estudante de Medicina Veterinária.
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